Há um lugar nosso, onde somos inteiros. Um lugar que é alma e casa onde nos reconhecemos. Um lugar que pode ser praia ou campo, por do sol ou luar, um lugar que são vocês quando estão juntos até mesmo em lugar nenhum.
Entre um lugar e outro os emaranhados da vida como estradas abertas, onde por acaso, não mais que por acaso, encontramos uma nova forma de amar.
Os amigos são a família que escolhemos quando de forma alguma escolhemos a família. Uma espécie de bênção que valida o caminho, um novo lugar onde somos sempre nós.
Porque somos sempre nós em nós mas muito mais nós entre os nossos.
Não somos de amizades a perder de vista, mas contadas a dedos de uma mão. Na certeza de que cada dedo importa na sua individualidade banal, mas que há histórias que fazem muito mais sentido juntas.
Assim fotografamos dos nossos, dos melhores, derreados à vista de tudo isto que não escrevemos mas que se embrenha na espinha e se liberta em suspiro.
Obrigada por nos deixarem fazer parte do vosso lugar, invadindo descaradamente o nosso.
A vossa história e a nossa, numa de maré vaza de barcos encalhados, de âncoras lançadas borda fora a agarrar-nos aos lugares onde somos felizes.
(suspiro)
Vocês aos nossos olhos, assim: