Cada sessão traz diferentes emoções.
O nervoso miudinho marca sempre presença de mãos dadas com as borboletas na barriga, talvez seja o peso da responsabilidade de guardar os vossos melhores momentos, talvez seja o que faz com que tudo faça sentido.
No dia em que assim não fôr e em que a calma tome conta de nós, então é porque o caminho já não é este e aí, talvez, seja melhor re-orientar a bússola e dar novas coordenadas ao GPS.
Mas temo que esse dia não chegará… temo que tudo o resto, que é tudo e é tanto, seja tremendamente maior, mais forte, avassalador, capaz de por os nervos a um canto.
Depois há este reviver de emoções antigas quando as famílias, que já são nossas, vêm até nós uma e outra vez, repetidamente.
A Madalena tinha 10 dias quando a conhecemos pela primeira vez.
Era pequenina, indefesa, leve no colo. Depois disso já a tínhamos visto uma ou outra vez, mas o tempo não pára e num piscar de olhos, embora pareça que foi ontem, a Madalena cresceu muito, demasiado para o quanto gostaríamos de a recordar pequenina.
Para isso servem as fotografias da primeira vez, para termos a certeza absoluta de que não sonhámos e que, um dia, estes pés rechonchudos não sabiam a textura do chão, estes olhos curiosos não conheciam praticamente nada e que nos espantámos uma e outra vez pelos sorrisos, pelas boquinhas, pela ternura que nos invade quando um recém-nascido é o foco da nossa atenção.
Esta foi, sem dúvida, das sessões mais divertidas dos últimos tempos, que contou também com a presença indispensável das quatro patas da família, brincalhonas e zelosas de que nenhum pão para os patos sobraria a boiar na lagoa.
Sim, sim, isso mesmo. Numa espécie de aula de natação canina misturada com a inauguração da época da caça ao pão, Suri e Naná mostraram-se nadadoras e caçadoras exímias, encharcadas até aos ossos, mas felizes.
Felizes como só elas, felizes como nós, por podermos guardar estes momentos para sempre.
Obrigada família, foi especial, foi assim:
