O melhor de Agosto não é o sol, o calor e as praias (a abarrotar) do Algarve.
O melhor do verão são os dias compridos, em que o sol se demora e nos demora de pés na areia, as roupas e o espírito leve e esta alegria de um nunca mais acabar de luz.
Melhor ainda é poder voltar às origens, aos nossos lugares, à família e aos amigos e aos abraços mais apertados, a afastar qualquer inverno de dentro de nós.
E, sob pena de cair no cansaço da repetição, melhor do que conhecer novas caras e novas histórias, é sempre rever as que nos são já queridas, as que já são a nossa própria história escrita a espaços largos em lugares diferentes, em momentos diferentes, quando as crianças já cresceram, quando os sonhos são outros, mas a alegria de viver é sempre a mesma.
Brincamos, rimos, colaboramos em algumas mil travessuras, revemos caras e famílias, amigos, partilhamos novas histórias e matamos saudades das vozes, dos sorrisos.
Os dias têm sido assim e, talvez demasiado entretidos, mal temos dado pelo tempo passar.
Parece que ainda ontem comíamos (contrariados) as 12 passas e brindávamos à chegada do ano novo, mais ontem ainda celebrávamos o batizado da pequena Francisca, o dia em que conhecemos esta incrível família e onde soubemos, desde o primeiro momento, que saberia muito pouco a trabalho passar umfinal de tarde com eles, assim.
Do Quatar, esse todo mundo novo, para a Terra, este lugar de histórias e amor, um lugar sem lugar mas com lugar cativo no melhor lugar em nós.
Assim se matam saudades e se contam histórias.
Assim se passa um final de tarde que, também nós, recordamos (já com saudade):