Tínhamos a nossa sessão marcada para o dia antes, mas quis o tempo e a vida que um dilúvio se abatesse sobre a cidade de Lisboa, com inundações à séria, um pouco por todo o lado.
Alfama seria o palco desta história, as suas ruas e recantos, a malha urbana apertada de escadarias íngremes e com o rio sempre a espreitar.
Nos planos da Tammara e do Brad, rumariam a Sintra após esta passagem por Lisboa. E, no dia seguinte, com uma boa aberta no tempo, na chuva e nas nuvens negras, saímos do nosso antigo atelier, em Sintra, e caminhámos até à Volta do Duche onde nos propusemos a fotografar enquanto a chuva não nos ensopasse até aos ossos.
A chuva acabou por nem sequer aparecer, deixou-nos caminhar pela vila com as suas cores e os seus cheiros tão típicos, inundando os pulmões do ar frio que descia a serra.
Conhecemos assim a Tammara e o Brad, leves e descontraídos, apaixonados e embalados pelo compasso bom de quem passa uns dias num país diferente, onde o sol (quase) brilha.
Existe sempre esta imprevisibilidade no tempo, por muitas previsões e boletins meteorológicos que possamos consultar, nada é exacto e preciso e poderemos sempre ser surpreendidos por fenómenos com que não contávamos.
O ideal é respirar fundo e mater a mente aberta a todas as possibilidades e, caso seja mesmo mesmo impossível estarmos pela rua a aproveitar a luz e o tempo, então encontraremos sempre uma solução alternativa de um espaço para fotografar ou remarcaremos a nossa sessão para quando sentirmos que a generosidade e bom humor do São Pedro não nos desapontará.
Do Canadá para Sintra, com a Tammara e o Brad, foi assim, mais uma maravilhosa sessão Flytographer!
