Talvez a ideia de acordar num domingo, às 5h30 da manhã para ir trabalhar não pareça, à primeira vista, das ideias mais fantásticas que possamos ter.
Talvez acordar num domingo às 5h30 da manhã, depois de chegar de férias na véspera, um sábado de sol em que regressámos de uma semana na neve e nos deliciámos pelas ruas de Barcelona, entre tapas e ruelas, não seja, de todo, a ideia mais apetecível.
Mas nem sempre tudo o que parece é e, em boa verdade, o entusiasmo venceu o sono e o cansaço e Cascais recebeu-nos, de braços abertos, com linhas direitas por onde escrevemos mais uma história de amor.
Ainda que o frio se demorasse nas sombras, o sol não tardou em transformar sombra em luz e em aquecer-nos.
E assim, sem querer, transformámos tudo o que parecia uma péssima ideia, numa das melhores formas que encontrámos de regressar de férias e de voltar ao que tanto gostamos de fazer e que, apesar de chamarmos trabalho, nos deixa a pensar que talvez trabalhar seja das melhores coisas inventadas até hoje.
Foi assim: estes dois, o amor a caminhar por todas as ruas, a encher becos sem saída e a descer à praia, sem medo da onda que se aventura um pouco mais longe a encontrar os pés, uma vila ainda adormecida, cheia de luz, cheiros, cores, recantos por explorar e outros tantos que ficaram para outra altura.
E acordar ainda muito antes do sol, para o ver chegar e ocupar cada recanto do espaço e do tempo e todo o espaço em nós, como se de repente, o sol inteiro dentro de nós.
Foi assim, mesmo, e mal podemos esperar pelo próximo capítulo desta história:
Obrigada Sónia e Guido… e obrigada Cascais, nunca decepcionas!