A prova de que o tempo passa demasiado depressa são as expressões gastas e exclamadas quando reencontramos as (já tão) nossas famílias.
Quando as barrigas de outrora correm agora livres, brincam e desbravam o mundo por si só.
Conhecemos a Madalena aos dez dias de vida. Tão pequenina arrebatava os olhares mais sisudos. Se a ternura crescesse a par dela era certo e sabido que chegaríamos aos dias de hoje com a impossibilidade de lhe resistir.
O tempo passou depressa, demasiado depressa para o que o queríamos aproveitar e se assim continua dou-lhe a certeza de não me ganhar a simpatia.
A caminho vem agora alguém com quem dividir atenções e brincadeiras e duplicar amor e afectos.
Talvez daqui a poucos meses possamos conhecê-lo (é um menino!) como conhecemos a “mana mais velha” e exclamar, desde então, a nossa indignação pela passagem do tempo a cada reencontro.
Há famílias assim, especiais, que não poupam em ternura e mimo e que não nos poupam aos melhores de todos os momentos.
Se todas as tarde fossem assim, é certo e seguro que as edições se acumulariam em pilha à espera de vez, mas em nós rebentar-nos-ía o peito atafulhado de tantas e tão boas histórias para contar.
Como esta.