NO TEMPO EM QUE FESTEJAVAM O DIA DOS MEUS ANOS*

O meu mês. O meu dia.

Dia de parar. De aproveitar. De inspirar para retomar a caminhada com um olhar diferente.
Dúvido que consiga ir dormir sem ver e responder aos emails, é mais forte que eu. As boas histórias não podem esperar. Embora a minha fique tantas vezes em suspenso nas páginas escritas das vossas.

Mas hoje é dia de celebrar a vida! Nesta viragem que para mim é o verdadeiro início de um ano novo e das 365 promessas que erradamente me impõe o 1 de Janeiro.
Agora é que é!

Somam-se-me os anos. Serei sempre hoje o mais velha que alguma vez fui, e o mais nova que alguma vez serei.
Já são alguns anos de muita vida, tantos que a sobrinha Inês teima em querer contar a dedos pequenos de mãos pequenas e que nunca chegam.
Porque poderá ela dizer, apenas com uma mão, quantos anos faz e eu não?
Tantos e ainda assim tão poucos! Dias. Horas. Histórias. Aventuras. E a saudade permanente de quem celebra do outro lado mas sempre comigo. Afinal de contas só morre verdadeiramente quem deixamos morrer dentro de nós!

A superar os anos vividos só mesmo a soma de todas as pessoas que tive a sorte deste projecto me trazer. Pessoas que saltaram para o lado de lá de uma linha que nos separava e que hoje só nos traz mais juntos. Muito do que sou são todos vocês. Todas as histórias que contei. Todos os momentos que eternizei e que também são meus!
Obrigada a todos por me fazerem crer que será sempre mais e melhor, ainda que as rugas vinguem, elas serão sempre o testemunho de todos os sorrisos que não me deixam desarmar.

Parabéns para mim!

E o melhor de tudo? É que amanhã há mais!

(Hoje estou de “molho” a celebrar a vida! A minha. A quem espera pelas suas fotografias, a promessa de que regressarei melhor e mais inspirada para tomar conta delas ainda com mais cuidado e carinho. Não vos desapontarei!)

* Poema Aniversário, de Álvaro de Campos