ERA UMA VEZ UMA FESTA! MARIANA

Somam-se-me os dias ao descompasso de um relógio demasiado veloz.
Ontem era verão, hoje o frio acorda-nos para Janeiro em pleno, um ano novo que já parece tão longo e histórias, tantas histórias.

A memória traz-nos uma tarde de vendaval e o perigo eminente de uma sessão cancelada, mas ainda mais nítida a coragem de desbravar vento e chuva e de guardar para sempre uma barriga cheia de vida, quentinha e aconchegada, onde o desalinho dos nossos cabelos agitados pelo vento frio não se fez sentir.
De repente era já natal e a melhor de todas as prendas. Um bebé ínfimo em tamanho de gente, grande no amor que plantou em seu redor.
Mas os ponteiros atiraram-nos, sem pena, para a celebração do primeiro ano de vida.

Passou um ano. Já passou um ano.
Passou por ela, por nós. Na pele sentimos todas as brisas que chegam e partem de tantos lugares e com elas nos levam as horas, os dias, os meses… a um ritmo que não é o nosso.
Vivemos nesta nossa realidade paralela de achar que ainda ontem nasceu e hoje já faz um ano, que de repente é um tapete que nos escapa debaixo dos pés e nos deixa cair no abismo de perceber que sobre o ontem muitos dias se somaram.

A Mariana fez um ano. Fez. Mesmo!
Passou mais de um ano entre este dia:

… e este dia:

E eu pergunto-me, incrédula, para onde foi?
Para onde foram estes 365 dias e que maratona correram em segredo para que ninguém os visse partir, passar ou cortar a meta deste novo ano?
E para onde está a ir Janeiro? Para onde foi esta metade de Janeiro quando ainda o quero inteiro e completo como logo a seguir ao estouro das rolhas do champanhe a borbulhar?

Parabéns querida Mariana!
E obrigada pais, por nos deixarem viver tão intensamente a passagem do tempo, por nos deixarem enrugar quase sem darmos conta, por deixarem ser tão nossa a vossa história!

Ai tempo tempo.

17 de Janeiro de 2017