ERA UMA VEZ UM CONVITE!

Não há poesia que diga a amizade.
E as palavras, poucas, escapam-se nos sentidos.

Ainda que de passos trôpegos na incerteza do caminho, em alguma coisa estaremos a cumprir com a vida, por haver sempre uma luz que nos conclui no lugar certo e um sentido de gratidão que nos inunda.

Pensei que talvez os amigos nascessem e crescessem connosco e que não houvessem amizades tardias a adicionar a amigos antigos, mas nunca velhos, amigos de outros tempos.
Afinal há amizades que tardam, sobretudo na ausência que deixaram antes de ainda sequer existirem.
Há sempre curvas no caminho onde nos foge a direcção e, sem querer, mas muito literalmente, esbarramos na amizade. E talvez tenham sido para isso, então, todas as pedras do caminho. Para sentirmos ainda mais o macio do abraço amigo.

Quando já nada nos surpreende acontece a vida. E quantas vezes nos distraímos da vida, virando por ruas escuras e subidas íngremes na procura da surpresa, de dias melhores ou de encontros perfeitos?

Então um convite. Daqueles que aborboleta barrigas nas encruzilhadas dos caminhos, que confirma que não importa o lugar onde se chega ou até lugar nenhum, mas o entusiasmo do caminho e a terra debaixo dos pés, a garantir com um carimbo de garantia inigualável que há sempre mais vida em cada curva e em cada pedra do caminho.

Sem poesia e em poucas palavras entrega-se um obrigado, brinda-se à amizade e à vida.
À amizade, essa forma de amor tão esquisita de se saber amar até as pedras do caminho.

Porque a certeza de dias felizes é este passaporte, que é nosso:

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11 de Fevereiro de 2016