ERA UMA VEZ UMA BEBÉ! MARIANA

Passa tudo demasiado depressa e vivemos nesta corrida permanente contra o tempo, para que no fim nos sobre algum.

Quando nasce um bebé temos a sensação de que é tudo tão intenso que passa ainda mais rápido do que marcam os ponteiros do relógio.
Horas e dias somam-se a fraldas mudadas e noites mal dormidas e mal damos por isso, o bebé minúsculo já não cabe no colo, os dentes despontam e, se nos distraímos por um momento, dá ideia que logo de seguida se prepara já a primeira mochila.

Tantas vezes ouvimos pais saudosos dos seus bebés pequeninos, tão pequeninos como já não conseguem lembrá-los. A caber no colo, a sobrar espaço onde quer que os pousem.
E eram!
Comprovam-no estas imagens carregadinhas de ternura! Quando as há!
E quando não há? Quando não há um registo, uma fotografia? Este momento guardado para sempre, para lá do tempo, das noites mal dormidas, do esquecimento?
Quando não há ficam as memórias vagas, difusas, pouco nítidas, sem cor… num qualquer compartimento esquecido da cabeça e do coração, onde tentamos regressar em vão.

Não se culpem pais! Não se culpem por ser tão intenso, por estarem mais ou menos preparados, por serem apanhados na dificuldade do papel, por não conseguirem segurar mais o tempo e demorá-lo, por não se lembrarem de quão pequeninos eles eram.
Mas lembrem-se que podem registar tudo. Guardar para sempre este momento. Para que nunca mais se perca!

A Mariana tem hoje dois anos. Mas nós, e talvez também os pais, garantimos a pés juntos que ainda ontem arriscámos tudo numa tarde de vendaval para a fotografar ainda na sua primeira casa, a barriga da mãe!
Para nós a Mariana ainda existe assim, pequenina.
E com tantas imagens será impossível esquecermos cada detalhe de quem ela era!

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