O final de ano foi super agitado por aqui.
Pensamos sempre que esta será a época mais calma, que nos dará todo o tempo necessário para reflexão e organização, mas a vida dá as suas voltas e quis que estes dias tenham sido assim, cheios de bons momentos e histórias para contar. Sorte a nossa!

Na altura do Natal tantas pessoas aproveitaram para vir até Lisboa, conhecer a nossa lindíssima cidade, outras tantas por cá, aproveitaram a família de férias para uma sessão, que foi sempre com um sorriso que enfrentámos o frio ao encontro de mais uma boa história.

2017 chegou, cheio de confettis, panelas batidas à janela e muitas tradições como as incríveis passas que, engolidas com tanto sacrifício, me fizeram esquecer de pedir os desejos.
Mas e se repetirmos algumas coisas de ano para ano elas passam a tradição?
Para mim sim!

No dia de ano novo decidimos repetir o que tínhamos feito no ano anterior: receber o ano novo à mesa, todos juntos, com um brunch que nos desse o aconchego ao estômago e à alma, mas sem alinhar nos disparates já cometidos durante toda a época festiva (sim, ninguém comeu só alface por estes dias!).

Há muito tempo que queríamos mostrar imagens de um dia tão especial de que, ainda hoje, cada memória nos traz à pele o arrepio de cada emoção vivida.

Não sabemos exactamente quando é que tudo começou, mas sabemos que fez ainda mais sentido quando estivemos todos juntos, reunidos para celebrar esta história: a Filipa e o Jorge, e um casamento sem igual.
Sabemos que o caminho até este dia não foi uma recta com um final antecipado, a vida e as suas infinitas e incompreensíveis voltas muitas vezes a surpreender-nos da pior maneira possível.
Mas a uma fase difícil e a uma perda que não fazia parte da história que sonhámos contar com início, meio e final feliz, a Filipa e o Jorge responderam da forma mais corajosa que poderíamos esperar: com amor!

Um pedido de casamento!

Quantos não ficarão por contar, sem registo, sem nada que vos transporte àquele dia, ao momento onde todos os nervos culminaram numa pergunta e numa resposta.
E desde então tudo permaneceu igual, mas nada, jamais voltou a ser o mesmo.

O Kishan, com a preciosa ajuda da Flytographer e connosco, decidiu surpreender a Niquita. Embora tudo nos tenha parecido super suspeito, ela não desconfiou de nada.
No fundo, nestes momentos, recorremos a todas as artimanhas e muito pó de estrela para que o momento seja único e especial e que a nossa presença seja um extra que passe completamente despercebido. Queremos mesmo que o momento seja só vosso! Queremos mesmo que o vivam como um momento de intimidade e de amor sem nada que interfira e se isso implicar tirar algumas pessoas do caminho, escondermo-nos atrás de arbustos ou fingirmos que estamos a lanchar com um grupo de turistas em pleno Cais das Colunas, pois que seja!

Sabemos que nos dias que correm tudo acontece demasiado depressa, demasiado sem sal mas ainda há histórias assim.
São 20 anos a aspirar a uma eternidade e, melhor que tudo, seis filhos! E vê-los todos juntos, no postal de Natal que acabamos de receber, é acreditar ainda com mais fé de que o amor ainda é o caminho! Que família incrível!

A Kathryn e o Scott aproveitaram uma data tão especial para atravessarem o oceano rumo à Europa: Madrid, Lisboa e Roma foram os destinos escolhidos como palco para estes momentos a dois.

Depois de regressar de umas férias com amigos, nada melhor do que recordar uma sessão entre amigos!

A verdade é que nem sempre a vida nos deixa perto dos que amamos e, embora a amizade deste grupo seja já longa, a vida dispersou-os por sítios incríveis que são hoje o lugar a que chamam casa.
Singapura, Nova Iorque e tantas outras cidades pelas quais passamos a vida a suspirar, tornam impossível um contacto físico permanente e, por isso, porque não escolher uma cidade incrivelmente deslumbrante e juntarem-se todos para celebrar o que de melhor têm: a amizade?

Do outro lado do mundo.

Surpreende-nos esta paisagem de uma natureza incrível a dar o seu melhor. Esta diferença de temperatura que deixa o corpo na dúvida perante uma mudança tão drástica.
O céu carrega-se de negro e chuva, decorado com relâmpagos desenhados a luz, ou aclara-se em azul e sol deixando-nos a desesperar por uma nuvem que nos salve ao calor.
A humidade adensa o ar, tornando os cheiros mais intensos. Cheira a verde e a terra.

Estamos num lugar impossível de imaginar.
Confirmam-se as palavras que ouvimos antes de vir: “esquece tudo o que já viste, aquilo é outro mundo”. É.
Mas mais do que as paisagens de postal, são as pessoas. As pessoas como o melhor lugar de todos os sorrisos e afectos.

Um pedido de casamento.
Um daqueles momentos emotivos, que marcam para sempre o rumo de uma história a dois.
A expectativa de uma resposta que se quer positiva, a surpresa de uma pergunta feita com o coração em sobressalto e todos os nervos que nos invadem perante a responsabilidade de documentar um momento tão especial.

Não basta chegar e esperar que aconteça.
Há que trabalhar na preparação e planeamento, escolher o local e a posição exacta e se tudo isto for feito com um oceano pelo meio, as dificuldades crescem em proporção ao entusiasmo, numa troca de palavras em fusos horários que dão a volta ao mundo.
Uma fotografia bonita não basta. Queremos que tenham fotografias espectaculares, à altura do acontecimento e isso constrói-se com trabalho.

Os nossos noivos continuam a surpreender-nos.
Para além dos casamentos incríveis que temos fotografado e das histórias maravilhosas que contamos a cada dia, há ainda o lado criativo e irrequieto de novas ideias e projectos que surgem de um momento tão especial e emotivo.

A Ana Luísa foi uma das nossas noivas deste ano e se achámos que o dia do casamento tinha sido o ponto alto da organização e bom gosto estávamos bem enganados.
Aliando o bom gosto, a vontade de fazer e, muito mais do que a formação, a vocação, de mãos dadas com uma amiga que dá ainda mais pontos a cada um destes aspectos, nasceu a INVITE - Momentos Felizes.

À generosidade deste outono agradecemos com todas as histórias que contámos até ao último raio de sol.
Um outono que não se despediu do verão e não lhe tomou o lugar, e ficaram os dois neste namoro pegado de dias soalheiros, temperaturas amenas e uma luz que não deixa ficar em casa.

Assim começamos a contar esta história cujo prefácio há muito estava escrito.
A Catarina já fazia parte da nossa história antes desta sessão, de um tempo em que a régua e o esquadro nos roubavam o tempo à máquina fotográfica.
E a vida dá as suas voltas e às voltas tantas os reencontros surpreendem-nos, à mistura com a magia da mão de uma melhor amiga que nos proporcionou estes momentos e esta sessão.

A prova de que o tempo passa demasiado depressa são as expressões gastas e exclamadas quando reencontramos as (já tão) nossas famílias.
Quando as barrigas de outrora correm agora livres, brincam e desbravam o mundo por si só.

Conhecemos a Madalena aos dez dias de vida. Tão pequenina arrebatava os olhares mais sisudos. Se a ternura crescesse a par dela era certo e sabido que chegaríamos aos dias de hoje com a impossibilidade de lhe resistir.
O tempo passou depressa, demasiado depressa para o que o queríamos aproveitar e se assim continua dou-lhe a certeza de não me ganhar a simpatia.

É cada vez mais especial aceitar Lisboa enquanto palco de tantas e tão boas histórias.
É ainda mais especial andar pelo mundo, por lugares de que nunca ouvimos falar, sem sair daqui.
Receber, de braços bem abertos, a oportunidade de conhecer pessoas, caras, sorrisos e lugares que, sendo os mesmos, nunca são iguais.
Há sempre um recanto que ainda não tínhamos reparado, uma linha de luz que incide e cria um momento que se prolonga para lá do que o conseguimos lembrar.

A Deon e o Ken atravessaram o oceano para celebrar o que os une, que transparece e transborda em cada momento. E foi Lisboa o pano de fundo, lugares onde tantas vezes nos deixámos ficar sem imaginar que pudessem vir a ser eleitos como fundo perfeito para esta história.

Era Junho e embora o calor apertasse por aqui, rumámos a Paris.
Precisávamos descansar, dispersar a vista por sítios diferentes e caras desconhecidas. Andar sem rumo, sem mapa e sem objectivos só a inspirar, respirar e absorver.
Mas a vida tinha outros planos para nós e, entre um trabalho e outro, tivemos pouco mais de 24 horas para conhecer a cidade.

Foi assim que se proporcionou fotografarmos esta família e conhecermos um lugar que não consta em guias turísticos e onde, muito provavelmente, não passaríamos.
Afinal não são mesmo só as fotografias em si, é tudo o que cresce e ganha vida em torno de uma sessão fotográfica. Uma família tão especial, uma menina que nos derreteu com o seu ar de crescida a misturar Lisboa e Paris num dialecto só dela.

Chegou aquela época do ano aparentemente mais calma neste corrupio social, mas que é das mais agitadas e decisivas nos bastidores.
Concluímos sempre que fotografámos muito, para lá da conta, e agora há que pôr em dia as histórias, os sorrisos.

É um esforço acrescido querer fazer tudo e bem, não descansar na sombra de um trabalho melhor e querer sempre mais e mais.
De fora fica muito pouco tempo para a vida, mas esta é a forma de nos sentirmos vivos.

Somam-se os lugares que não conhecemos nas caras que fotografamos.
Há sempre um par de braços abertos aqui, à espera de acolher todas e cada uma das histórias. Não importa o lugar de onde partem ou as paisagens onde já perderam o olhar. Não importa se a viagem foi longa ou se não tarda o regresso. Importam estes momentos, hoje apenas um punhado de imagens, amanhã as melhores de todas as melhores memórias.

Amanhece.
Um raio de sol menos tímido desponta no horizonte à medida que vencemos os kilómetros que nos separam do lugar da nossa sessão.
As ruas estão calmas e silenciosas, a confusão permanece adormecida, entregue ao calor dos sonhos e dos lençóis.
Cascais nunca desilude e, se a queremos inteira para nós, é imperativo amanhecermos antes do amanhecer, esquecer o sono e a preguiça e arregaçar mangas para uma sessão excepcional, para a melhor de todas as formas de comemorar um aniversário de casamento: juntos, em Cascais e a guardar memórias que ficarão para sempre.

Há oceanos inteiros que separam, que se ajustam ao redor de ilhas e se espraiam em praias paradisíacas, impossíveis de nadar ao alcance da outra margem.
Mas os oceanos também juntam, numa ponte incrível a espelhar o céu que nos leva daqui para o mundo… ou só até ao Brasil.
E quando um oceano inteiro conspira para juntar o que não podia ser de outra forma, pois que não levantemos muitas ondas!

Uma ponte que somos nós nos nossos laços, nos afectos, nos abraços, nos sorrisos, nas tardes com os amigos numa esplanada sobre a areia que o oceano vem tocar.

O dia amanheceu com sol e céu azul ainda que, para alguém, a noite possa ter sido agitada à força de apaziguar nervos e excitação.
Na serra, porém, há muito que um incrível chapéu de nuvens se havia instalado para ficar. Lá do alto, com vista privilegiada para tantos e tão bons momentos.
Com ele o nevoeiro que deixa a fantasia ganhar asas, o ambiente de mistério invadir-nos, o arrepio frio na barriga, as borboletas, a excitação.
Em Sintra, o palco perfeito para todas as histórias mas onde só as especiais fazem da bruma luz.

E quando já pouco ou nada nos surpreende, eis que um pedido de casamento nos troca as voltas.
Não pelo lugar, pela luz incrível, pelas pessoas que nos tratam bem, mas pelo inesperado da situação, uma espécie de pedido invertido que torna tudo muito mais mágico e intenso.

Escrevo-apago-volto a escrever-torno a apagar- rescrevo… faltam palavras que descrevam este dia e se as encontro parecem pequenas, a não dar conta do recado.

A partir deste dia nada muda, mas nada, jamais será igual!
Daqui em diante a jornada é ainda mais a dois, num sim emotivo e convicto onde nem a voz teve a coragem de falhar.